Depois de uma boa, porém irregular, estreia auto-intitulada em 2009, o Chickenfoot finalmente mostra a que veio em Chickenfoot III (segundo álbum da banda, para os mais desavisados que podem se estranhar com o bem-humorado título) . O supergrupo formado por Sammy Hagar (vocais), Joe Satriani (guitarra), Michael Anthony (baixo) e Chad Smith (bateria) pratica por aqui um hard rock coeso e bem feito, apresentando composições inspiradas e que devem agradar em cheio aos fãs do estilo.
A energética "Last Temptation" já dá uma boa impressão logo de cara, e a festeira "Alright, Alright" vêm a seguir para aumentar ainda mais o nível do track-list, que até aqui só está na segunda música. Não há como não destacar os vocais de Hagar, que se mostra ainda em ótima fase apesar da idade, e o desempenho diferenciado de todos os outros componentes do grupo, que por mais que não precisem mais provar nada pra ninguém em questão de talento, ainda conseguem surpreender positivamente em todas as canções do play.
"Different Devil" e "Come Closer" são ambas quase baladas, em especial essa última, mas não soam apelativas ou melosas, e a qualidade felizmente permanece intacta. Por outro lado, as ótimas "Up Next" e "Big Foot" (primeiro single do registro) são repletas de suingue e passagens cativantes, e farão a alegria dos mais conservadores. O mesmo vale para a inspirada "Lighten Up" e a boa "Dubai Blues", que apesar do nome, mantém quase as mesmas características das anteriormente citadas.
Por fim, temos como as mais diferentes do disco a pesada "Three And A Half Letters", que soa um pouco estranha de primeira por apresentar alguns vocais quase falados de Sammy, mas que não demora para grudar na cabeça do ouvinte (o refrão é um dos melhores por aqui nesse quesito), e a semi-acústica faixa de encerramento "Something Going Wrong", com um violão muito bem encaixado em sua estrutura.
Deliciosamente descompromissado e roqueiro, Chickenfoot III é um dos melhores lançamentos de 2011, e a banda agora parece estar consolidando sua sonoridade, o que é bom para todos os envolvidos. As expectativas eram grande como 2009, e eles com certeza não decepcionaram ninguém dessa vez. Mas com uma formação fantástica dessas, fica difícil esperar qualquer outra coisa, não é mesmo? Discaço!
NOTA: 9
Matheus Henrique
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