É complicado dizer logo agora, ainda no começo de 2012, que certo disco já pode ser considerado um dos melhores do ano dentro do mercado musical. Mas ás vezes o trabalho é tão diferenciado, que vale a pena arriscar fazer essa afirmação, por mais errado que isso possa parecer. E esse é justamente o caso do segundo disco do Ape Machine, o fantástico War To Head.
Pra
começar, as influências da sonoridade aqui presente são evidentes, e em certos
casos até mesmo obvias como o Blue Öyster Cult, o Deep Purple (tanto que o
grupo fez uma versão de “Black Night” para o registro), e principalmente o Black
Sabbath. Mas se você pensa que isso torna a banda um mero pastiche de qualquer
um dos grupos citados, esqueça. O repertório é da mais alta qualidade, e
consegue ter uma força própria que vem se tornando cada vez mais rara nos dias
de hoje dentro do hard rock.
Qualquer
amante de boa música irá se deliciar com pérolas como a faixa de abertura “Hold
Your Tongue", a viajante "Can’t Cure Deceit”, onde o vocalista Caleb Heinze
chega a lembrar Ozzy Osbourne em certas passagens, e as não menos que ótimas “Death
Of The Captain” e “What’s Up Stanley?”. Isso para não falar da espetacular “The
Sun”, a melhor do track-list facilmente.
Não
é difícil constatar que o Ape Machine já pode ser considerado como um dos
maiores nomes do estilo ao redor do mundo, apesar de estarem mais restritos ao
underground por enquanto. Mas não será nenhuma surpresa se esse panorama logo
mudar. Se você é fã do (bom) rock setentista, esse álbum é totalmente
recomendado.
NOTA: 9,5
Matheus Henrique
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