Depois de cinco do anos do lançamento do bom Healing Through Fire (2007), o Orange Goblin retorna aos holofotes com seu mais novo álbum chegando as lojas do mundo todo, o há muito aguardado A Eulogy For The Damned. Praticando praticamente o mesmo stoner rock dos discos anteriores, além de influencias latentes do metal tradicional e até mesmo de hard rock em alguns momentos, a banda acerta a mão mais uma vez e mostra que está em um ótimo momento na carreia.
Tecnicamente, todos conseguem convencer perfeitamente, com a cozinha fornada por Martyn Millard (baixo) e Christopher Turner (bateria) se apresentando coesa, dando a sustentação para perfeita para as guitarras de Joe Hoare. Além, é claro, dos já característicos (ao menos para quem já é familiarizado com o grupo) vocais de Ben Ward, que continuam muito bons.
Faixas como "Death Of Aquarius", "Bishop's Wolf" e o single "Red Tide Rising" são da mais alta qualidade, e mostram o poder de fogo do quarteto no seu limite. Também vale citar como destaque as cadenciadas "Acid Trail" e "Stand For Something", que contém os melhores riffs do trabalho, a pegajosa (e ótima) "Save Me From Myself", e a boa "The Filthy And The Few", que com sua estrutura altamente derivada do punk rock, consegue se diferenciar positivamente das demais.
Mas os pontos mais altos do track-list são mesmo as poderosas "The Fog" e "A Eulogy From The Damned", que unem heavy metal, stoner e rock progressivo na medida certa, e transmitem o ouvinte direto para meados da década de 70. Por fim, há também a curta "Return To Mars", que ao contrário das anteriores, que primam pela elevada duração como atrativo (6:46 e 7:17, respectivamente), não precisa de mais de dois minutos para deixar (muito bem) o seu recado.
Em seu sétimo álbum de estúdio, o Orange Goblin não dá margens para decepções, trazendo boas canções em profusão e mostrando estar pronto para crescer ainda mais na carreira. Quem ainda não ouviu esse disco, que periga ser o melhor da discografia dos ingleses, definitivamente não sabe o que está perdendo.
NOTA: 8,5
Matheus Henrique
Nenhum comentário:
Postar um comentário