Depois
do conturbado fim do Oasis em 2009, Liam Gallagher resolveu montar, junto com o
que sobrou da banda (todos com exceção do guitarrista e seu irmão Noel Gallagher,
por motivos mais do que óbvios), o Beady
Eye, que em 2011 finalmente fez a sua estréia em disco com Different Gear, Still Speeding. E o
resultado é deveras agradável.
Com
um repertório calcado numa sonoridade explicitamente derivada de clássicos
grupos ingleses dos anos 60, a banda não soa exatamente original, como se pode
perceber logo na primeira escutada, mas consegue ainda assim reunir um punhado de boas canções em meio ao track-list, seja quando tentam imitar os Beatles (“For Anyone”, “Three Ring
Circus”), os Stones (“Millionare”, “The Roller”), o Who (“Standing On The Edge Of
Noise”) ou até mesmo os Kinks (“The Beat Goes On”).
Também vale citar a
poderosa faixa de abertura “Four Letter Word”, que apresenta um peso um tanto surpreendente em seu andamento, a despretensiosa “Bring The
Light”, mais uma que parece ter saído direto da dupla Jagger/Richards, e as belíssimas baladas “Kill For A Dream” (a melhor de todas por aqui) e “The Morning Son”, duas que figuram com sobras como
alguns dos principais destaques do play.
Muitos
dirão que se trata de uma tentativa forçada de soar como qualquer uma das
principais influências do grupo, e realmente nada do que está aqui presente
será responsável por mudar os rumos do rock n’ roll daqui pra frente como
esperam vários críticos por aí. Mas o que não falta em Different Gear, Still Speeding é, sem dúvidas, boa qualidade
musical, algo que muitos grupinhos idolatrados por aí andam devendo há muito tempo. Ponto para Liam e sua turma, e que repitam o êxito em um próximo álbum.
NOTA: 8
Matheus Henrique
Nenhum comentário:
Postar um comentário