O Graveyard é uma das melhores bandas de hard rock surgida nos últimos anos. E se os suecos já haviam impressionado a muitos com o debut auto-intitulado lançado em 2009, em Hisingen Blues eles se mostram ainda mais inspirados e prontos para conquistar ainda mais a adoração não só dos fãs mais tradicionais do estilo, mas de qualquer um que aprecie boa música independente de rótulos (e pré-conceitos).
As influências continuam as mesmas do álbum anterior, com uma sonoridade que remete diretamente a nomes como Led Zeppelin, Black Sabbath, e também o Free (o vocalista chega a lembrar o grande Paul Rodgers em vários momentos), além de retoques bem-vindos de blues e psicodelia. Mas se engana quem pensa que tudo aqui presente se trata de algum pastiche mal feito de algo que já foi feito antigamente. O repertório é extremamente coeso, e não há uma única canção que soa deslocada ou abaixo da média.
Desde a abertura com a poderosa "Ain't Fit To Live Here", até o encerramento com a não menos espetacular "The Siren" (sem exageros, uma das melhores músicas de 2011), a sensação que temos é que estamos de frente a um potencial gigante do estilo, tamanha a qualidade elevada do track-list. Para reforçar esse pensamento, basta ver a atuação individual de cada membro em sua respectiva função, em especial do habilidoso baterista Axel Sjöberg.
Também vale citar a viajante faixa-título, que transporta o ouvinte direto ao começo dos anos 70 em sua atmosfera cativante, a deliciosa mezzo-balada "Uncorfortably Numb", e as ótimas "No Good, Mr. Holden" e "Buying Truth (Tack & Förlat)", que são os principais destaques do registro, e praticamente resumem em seus poucos minutos toda a proposta da banda em sua essência.
Em uma época onde vários grupos parecem estar dando um sopro de renovação ao gênero, ainda que por meio de referências óbvias, como o ótimo Rival Sons, não é exagero dizer que o Graveyard é um dos maiores (senão o maior) expoentes dessa evolução, e Hisingen Blues um dos principais registros em disco disso. Indispensável.
NOTA: 8,5
Matheus Henrique
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