Depois de um vai-e-vem de vocalistas na década de passada, e oito anos sem nada de inédito no mercado, eis que o Anthrax está de volta mais uma vez com o velho Joey Belladona comandando o microfone, e coloca na praça seu novo disco Worship Music, um dos mais aguardados na cena metálica em 2011. Mas para quem esperava um grande resgistro ou um retorno triunfante do antigo frontman, esse álbum pode ser um tanto decepcionante.
Tecnicamente não há do que reclamar. Charlie Bennante é um dos melhores bateristas da história do thrash metal, e aqui se mantém preciso nas baquetas, e todos os outros cumprem suas funções com competência por todo o trabalho. Como destaques, temos a pesadíssima "Earth In Hell" logo na abertura, que até dá uma boa primeira impressão, e outras como as agressivas "The Devil You Know", "Fight 'Em 'Til You Can't" e "Revolution Screams", além da de certa forma 'diferente' "I'm Alive", conseguem se sobressair em meio ao track-list, mostrando bons momentos.
Infelizmente, o que predomina no resto do repertório é um punhado de canções irregulares, que mais desagradam o ouvinte do que o contrário. "The Giant" têm peso, mas não convence, o mesmo valendo para "Judas Priest". Já a mais melódica "In The End", uma homenagem aos falecidos Dimebag Darrel e Ronnie James Dio, acaba soando pessimamente pretensiosa, enquanto as fraquíssimas "The Constant" e "Crawl" parecem duas tentativas desesperadas (e fracassadas) na busca de um maior apelo radiofônico para o trabalho, especialmente a última. Por fim, há uma boa cover para "New Noise", do Refused, ainda que um pouco deslocada por aqui.
É fato que o Anthrax é um nome que merece respeito, e têm no currículo discos clássicos como Among The Living e Persistence Of Time. Mas se quiserem se manter relevantes na cena, e atraírem novos fãs ao longo dos anos, precisarão lançar álbuns melhores e mais inspirados. O saldo final é um registro apenas razoável, e que pouco acrescenta na carreira do grupo.
Nota: 6
Matheus Henrique
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