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sábado, 24 de dezembro de 2011

Mastodon - The Hunter (2011)


Um dos grandes nomes do heavy metal atual, o Mastodon chama novamente as atenções para si com o lançamento de seu quarto álbum de estúdio, The Hunter. Dando sequência ao ótimo Crack The Skye, de 2009, o que vemos por aqui é um trabalho mais direto, talvez até mais acessível ao grande público, ao menos em comparação aos seus antecessores. Mas se engana quem pensa que falta qualidade.

O melhor do sludge metal que sempre foi praticado pelo grupo continua presente, com toques de psicodelia e rock progressivo que só reforçam o efeito totalmente 'viajante' que suas canções tem sobre o ouvinte. A abertura com as ótimas "Black Tongue" e "Curl Of The Burl" (essa última provavelmente a melhor entre todas desse registro) impressiona, e apresentam praticamente tudo o que veremos por aqui: Riffs e solos precisos, bateria extremamente técnica, mas repleta de feeling e mudanças de andamento na medida certa.

Vale destacar também "Blasteroid", com um riff que parece ter sido composto por Toni Iommi, mas que logo se torna uma canção bastante veloz e em que algumas passagens chega até a lembrar algo próximo ao Queens Of The Stone Age de Rated R. Já as poderosas "Octopus Has No Friends" e "All The Heavy Lifting", repletas de guitarras marcantes e únicas, além da faixa-título, com sua complexidade latente por meio de linhas mais melódicas, são pontos altos notáveis do track-list.

Na parte final do disco, as que mais se sobressaem são a acachapante "Thickening", a sombria "Creature Lives", e a progressiva "The Sparrow", com suas influências mais do que obvias de Pink Floyd em sua estrutura, e que encerra esse que é um dos álbuns mais representativos do metal moderno, mostrando que ainda há lugar para muitas inovações dentro do gênero, que infelizmente vêm primando em sua maioria pela repetição de fórmulas já saturadas e que só agradam aos mais fanáticos e conservadores.

Não há como negar que o Mastodon é uma das melhores bandas da atualidade, e esse registro é algo extremamente original e diferente de tudo que se encontra ultimamente na cena musical. Para os amantes de (boa) música pesada, é um disco simplesmente obrigatório.

Nota: 9

Matheus Henrique

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