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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Decemberists - The King is Dead (2011)



Depois do irregular, porém competente, The Hazards Of Love, Colin Meloy e companhia reaparecem na cena com The King is Dead, um álbum simples e que passeia de maneira soberba pelos terrenos do folk e do country norte-americano, com pitadas de rock e pop que dão um toque ainda mais cativante ao disco.

Com influências de Bruce Sprigsteen, Neil Young e principalmente R.E.M. (tanto que o ex-guitarrista do grupo, Peter Buck, toca em três faixas por aqui), o repertório consegue prender o ouvinte de maneira impressionante, começando pela abertura com "Don't Carry It All", com uma gaita muito bem-vinda e que se faz presente por toda a canção em meio aos violões. "Calamity Song" e a bela 'Rise To Me" dão continuidade ao registro, abrindo caminho para a dançante e extremamente grudenta "Rox In The Box", com um refrão que fica na cabeça rapidamente. A primeira metade do disco é encerrada com "January Hymn", onde mais uma vez a simplicidade se faz presente e encanta, em uma faixa quase acústica.

"Down By The Water" é provavelmente a melhor de todas, bastante pop-rock em sua essência, e que escancara mais do que nunca o quanto o R.E.M. foi uma inspiração gigantesca para Melloy nas composições que aqui se encontram. Em seguida, temos as não menos boas "All Arise!" e "June Hymn", que continuam elevando a qualidade predominante, e preparam o ouvinte para a bela "This Is Why We Fight", outra com um certo apelo pop que lhe fornece uma posição de destaque em meio a todas as outras. É uma tarefa praticamente impossível não sair cantarolando essa canção logo depois de ouvi-la, tamanha sua atmosfera diferenciada.

Finalizando o track-list, "Dear Avery" é uma semi-balada, com um toque de melancolia que de certa forma funciona. Quando termina-se de ouvir o material nesse álbum registrado, não há dúvidas de que estamos presenciando um dos grandes trabalhos de 2011. Não á toa vendeu cerca de 94 mil cópias com apenas uma semana de lançamento (isso em tempos de internet é algo impressionante). Os Descemberists se mostram novamente relevantes, com um disco que soa atemporal e deve agradar qualquer amante de boa música.

Nota: 9

Matheus Henrique

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