Se em Humbug, de 2009, o Arctic Monkeys já mostrava uma clara evolução nas composições, ao menos se comparado aos seus dois (bons) primeiros álbuns, Suck It And See pode ser visto como uma continuação desse processo. A banda resolveu mais uma vez sair do lugar comum, e o resultado foi um disco extremamente coeso e inspirado, repleto de grandes momentos.
A abertura com as belas "She's Thunderstorms" e "Black Treacle" já impressiona o ouvinte logo de cara, mostrando um Alex Turner cantando um pouco diferente de seu habitual, mas ainda assim muito bem. A sequência se dá com a roqueira "Brick By Brick", a sub-psicodélica "The Hellcat Spangled Sha-La-La-La" e a densa "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair", todas mantendo o nível do disco lá em cima. Em todas elas, pode-se notar a enorme influência de Echo & The Bunnymen, Smiths e outros grupos oitentistas ingleses.
Do restante, vale citar a urgente "Library Pictures", a ótima "Reckless Serenade", com uma linha de baixo marcante, e a carismática faixa-título, que soa praticamente como uma balada, e que conquista logo na primeira ouvida. "That's Where You're Wrong" é a mais longa de todas, com seus poucos mais de 4 minutos, e encerra esse que é com certeza um dos melhores álbuns do ano.
Fica claro por aqui que o grupo amadureceu bastante nos últimos tempos, e ainda poderá oferecer trabalhos ainda melhores num futuro próximo. Se você sempre teve um pé atrás com os Monkeys, graças ao hype exagerado que eles tiveram na década passada, está na hora de rever seus conceitos...
Nota: 9
Matheus Henrique
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