Primeiro trabalho de estúdio depois o retorno do baixista David Ellefson à banda, Th1rt3en serve basicamente como uma retrospectiva de toda a carreira do Megadeth, como já era bastante propagado antes de seu lançamento. Temos aqui músicas pesadíssimas, que lembram a fase thrash oitentista, até outras mais melódicas e/ou cadenciadas, que remetem a álbuns como Countdown To Extinction e Cryptic Writings. Para os fãs mais fiéis, isso acaba sendo um bom atrativo.
"Sudden Death" abre o repertório com riffs poderosos, mas apesar de ser uma boa canção, não chega a causar um impacto tão grande. Por sorte, "Public Enemy Nº 1" e "Whose Life (Is It Anyways?)", com várias passagens marcantes e refrões bem encaixados, colocam o álbum nos trilhos finalmente. Tanto Ellefson quanto o baterista Shawn Drover cumprem suas funções com competência, enquanto Chris Broderick e Dave Mustaine se completam nas guitarras. Também não há como deixar de citar os velhos vocais esganiçados do último, que por mais que continue sendo contestado, já se tornou uma marca registrada do grupo.
Na sequência do track-list, podemos destacar ótimas músicas como as pesadas "Wrecker" (mais um refrão pegajoso) e "Never Dead", que provavelmente estarão entre as favoritas dos mais fanáticos, e as mais arrastadas "Fast Lane" e "Deadly Nightshade", que apresentam as melhores atuações da banda como um todo na parte técnica. Seguindo o clima de retrospectiva citado no início do texto, encontramos aqui três releituras de sobras do passado ("Millenium Of The Blind", "New World Order" e "Black Swan"), que aqui ganharam versões definitivas.
Mas nem tudo são flores nesse disco. As medianas "Guns, Drugs & Money" e "13" contém influências de hard-rock bem-vindas, mas não convencem como deveriam. Já "We The People" é disparada a mais fraca de todas aqui presentes, soando como uma faixa feita meramente para preencher espaço.
Seria difícil repetir o éxito do ótimo e surpreendente Endgame, de 2009, e isso acabou não acontecendo mesmo. Mas Mustaine e sua trupe conseguiram, apesar de alguns deslizes, um bom álbum de heavy metal, que deve agradar em cheio os fãs do gênero.
Nota: 7,5
Matheus Henrique
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