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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Coldplay - Mylo Xyloto (2011)


É fato que o Coldplay é uma das bandas que as pessoas hoje em dia mais amam odiar. E é claro que algumas posturas de seu vocalista Chris Martin beiram o ridículo, e a sonoridade do grupo ás vezes acaba sendo 'afetadinha' (ou 'coxinha', como preferem dizer) demais. Mas também é inegável que seus álbuns (com exceção do mediano X&Y, de 2005) sempre tiveram uma boa qualidade indiscutível. E o novo Mylo Xyloto, lançado em setembro desse ano, não foge disso citado acima.

Em meio a dificílima tarefa de dar sequência ao ótimo Viva La Vida Or Death And All His Friends, de 2008, vemos a banda, de certa forma, tentando explorar algumas novas sonoridades, o que já era algo visto em seu antecessor, mas que aqui atinge patamares um pouco maiores. Depois da curta faixa-título, que é apenas uma simples introdução, damos de cara com a boa "Hurts Like Heaven", que demonstra uma 'velocidade' (se é que dá pra dizer isso) um tanto incomum em comparação às antigas músicas do grupo. Em seguida, "Paradise" e "Charlie Brown" mantém o repertório em um nível elevado, o mesmo valendo para a balada "Us Against The World".

Após a pequena vinheta "M.M.I.X.", temos o primeiro single do disco, a electro-rock "Every Teardrop Is A Waterfall", onde a influência do U2 'fase The Joshua Tree' fica mais evidente do que nunca. Mas o resultado é positivo, com a melhor atuação de Jon Buckland (guitarrista) em todo o CD. Já a agradável "Mijor Minus" vai ainda mais fundo nas referências eletrônicas, enquanto "U.F.O." é uma das melhores baladas já feitas pela banda.

Na parte final do track-list, encontram-se a razoável "Up In Flames", outra bastante 'experimental' e as interessantes "Don't Let It Break Your Heart" (precedida pela vinheta "A Hopeful Transmission") e "Up With The Birds", que encerram o álbum de maneira digna. Como ponto fraco, vale citar a patética "Princess Of China", com a participação da (péssima) cantora pop Rihana e que infelizmente destoa de todas as outras faixas aqui presntes. Bem que podiam ter passado sem essa...

Mas tropeçadas a parte, Mylo Xyloto é um bom disco, é deve agradar os fãs sem maiores dificuldades. Chris Martin e companhia conseguiram se manter como uma das bandas mais relevantes dos últimos tempos, e qualquer tentativa de negar isso é pura birrinha de ouvinte preconceituoso. Ouça o álbum, e não se deixe levar por julgamentos pré-determinados.

Nota: 8

Matheus Henrique

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